Governança e sandbox: construindo modelos de autorregulação às nanotecnologias

Autores

Palavras-chave:

Sandbox regulatório, Governança, Princípios, Nanotecnologias, Regulação Agil, Autorregulação regulada

Resumo

O Século XXI está marcado pela emergência da uma nova Revolução Industrial, a quarta, que se caracteriza pela velocidade, impacto sistêmico, além da amplitude e profundidade. As nanotecnologias nascem das possibilidades humanas de acessar a chamada escala nano: a escala que equivale à bilionésima parte de um metro. Ao se tratar de nanotecnologias e de produtos gerados a partir dessa escala, se tem algo novo na pesquisa e na produção, podendo gerar efeitos ainda pouco conhecidos pelo ser humano, especialmente pelas interfaces com o corpo humano e o meio ambiente. Se tem uma abertura à formulação de ambientes regulatórios, estruturados a partir de um conjunto variado de princípios e projetar modelos de “autorregulação regulada” ágeis, flexíveis e adequados. A escolha dos princípios estruturantes dessas diretivas deve levar em consideração as orientações da ética e se enriquecer com dimensões provenientes do ambiente onde essas inovações científico-tecnológicas. A governança das diversas partes interessadas na regulação da nano escala e da conjugação de princípios, a serem testados em Sandbox Regulatórios, como laboratórios reais para melhorias nos modelos normativos que se estrutura a partir de princípios buscados em organizações nacionais e internacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Wilson Engelmann, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, Rio Grande do Sul, (Brasil)

Doutor em Direito Público, Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS,  Rio Grande do Sul, (Brasil). Realizou Estágio de Pós-Doutorado em Direito Público- Direitos Humanos, no Centro de Estudios de Seguridad (CESEG) da Universidade de Santiago de Compostela, (Espanha). Professor e Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestrado e Doutorado e do Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Líder do Grupo de Pesquisa JUSNANO.

Referências

Berger Filho, A. G. (2018). Regulação e governança dos riscos das nanotecnologias. Belo Horizonte: Arraes Editores.

Collingridge, D. (1980). The social control of technology. Nova York: St. Martin’s Press.

Comissão Europeia. Commission Recommendation of 10.6.2022 on the definition of nanomaterial. https://ec.europa.eu/environment/chemicals/nanotech/pdf/C_2022_3689_1_EN_ACT_part1_v6.pdf

Cooper, R. G. (2017). Idea-to-Launch Gating Systems: Better, Faster, and More Agile. Research-Technology Management, 60 (1), 48-52. http://dx.doi.org/10.1080/08956308.2017.1255057

Cooper, R. G.; Sommer, A. F. (2018). Agile-Stage-Gate for Manufacturers. Research- Technology Management, 61 (2), 17-26. https://doi.org/10.1080/08956308.2018.1421380

Engelmann, W. (2001). Crítica ao Positivismo Jurídico: princípios, regras e o conceito de Direito. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor.

Esteve Pardo, J.; Tejada Palacios, J. (2013). Ciencia y Derecho: la nueva división de poderes. Madrid: Fundación Coloquio Jurídico Europeo.

Esteve Pardo, J. (2016). Tecnologías convergentes y principio de precaución. In Romeo Casabona, Carlos María (Ed.). Tecnologías convergentes: desafíos éticos y jurídicos. Editorial Comares: Granada, 81-94.

Franzius, C. (2015). Autorregulación regulada como estrategia de coordenación. Darnaculleta I G., M. Mercê; Esteve Pardo, J.; Spiecker Gen. Döhmann, I. (eds.). Estrategias del derecho ante la incertidumbre y la globalización. Madrid: Marcial Pons.

Herberg, M. (2008). Global legal pluralism and interlegality: environmental self- regulation in multinational enterprises as global law-making. In Dilling, O.; Herberg, M.; Winter, G. (Edit.). Responsible business: self-governance and law in transnational economic transactions. Oxford: Hart Publishing.

Hunt, N. (2021). Guidance on the GRACIOUS Framework for grouping and read- across of nanomaterialsBand nanoforms (1.0). Https://doi.org/10.5281/zenodo.5534466

Li, Mengqiao; Liu, Dairong; Chen, Xing et al. (2021). Radical-driven decomposition of graphitic carbon nitride nanosheets: light exposure matters. Environ. Sci. Technol, 55, (18), 12414-12423. https://doi.org/10.1021/acs.est.1c03804

NanoAction. (2007). The International Center for Technology Assessment. Principles for the Oversight of Nanotechnologies and Nanomaterials. Washington: NanoAction, (NanoAction Project). http://www.centerforfoodsafety.org/files/final-pdf-principles-for-oversight-of-nanotechnologies_80684.pdf

Schwab, K. (2016). A quarta revolução industrial. Tradução Daniel Moreira Miranda. São Paulo: EDIPRO.

Turns, A. (2022). Forget microplastics: we may have a much smaller problem. The Guardian de 25 abril 2022.

https://www.theguardian.com/environment/2022/apr/25/nano-state-tiny-and-now-everywherehow-big-a-problem-are-nanoparticles

Zwanenberg, P. v.; Ely, A. and Smith, A. (2011). Regulating technology: international harmonization and local realities. London: Earthscan.

World Economic Forum - WEF. (2020). Agile regulation for the Fourth Industrial Revolution: a toolkit for regulators. https://www3.weforum.org/docs/WEF_Agile_Regulation_for_the_Fourth_Industrial_R evolution_2020.pdf

Downloads

Publicado

2023-01-07

Como Citar

ENGELMANN, W. Governança e sandbox: construindo modelos de autorregulação às nanotecnologias. Revista FAPAD - Revista da Faculdade Pan-Americana de Administração e Direito, Curitiba (PR), v. 3, p. e85, 2023. Disponível em: https://periodicosfapad.emnuvens.com.br/gtp/article/view/85. Acesso em: 4 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos